Trata-se da inserção de proteção solar externa ou interna da esquadria externa com dispositivo capaz de cortar no mínimo 50 % da radiação solar direta que entraria pela janela, com taxa de uma renovação do volume de ar do ambiente por hora (1,0 ren/h - renovação por hora). O sombreamento começou a ser considerado com mais intensidade nas construções no Brasil a partir das citações e exigências da norma da ABNT 15.575:2013 que aponta a necessidade de sombreamento nas janelas de dormitórios a fim de melhorar o desempenho térmico do ambiente. Esta parte da ABNT NBR 15.575 apresenta os requisitos e critérios para verificação dos níveis mínimos de desempenho térmico de vedações verticais externas, conforme definições, símbolos e unidades das ABNT NBR 15220-1 e ABNT NBR 15220-5.
Os SVVE (paredes de fachada, com ou sem função estrutural) podem ser avaliados, primeiramente, de acordo com os critérios de desempenho constantes desta parte da ABNT NBR 15575, considerando o procedimento simplificado de análise. Caso o SVVE não atenda aos critérios analisados conforme o procedimento simplificado, é necessário aplicar o procedimento de análise de acordo com a ABNT NBR 15575-1, considerando o procedimento de simulação do desempenho térmico ou o procedimento de realização de medições em campo. No procedimento de simulação do desempenho térmico podem ser consideradas condições de ventilação e de sombreamento, conforme NBR 15575-1. No caso da ventilação pode ser considerada uma condição “padrão”, com taxa de 1ren/h, ou seja uma renovação de ar por hora do ambiente (renovação por frestas), e uma condição “ventilada”, com taxa de 5ren/h, ou seja, cinco renovações de ar por hora do ambiente sala ou dormitório. No caso do sombreamento das aberturas pode ser considerada uma condição “padrão”, na qual não há nenhuma proteção da abertura contra a entrada da radiação solar, e uma condição “sombreada”, na qual há proteção da abertura que corte pelo menos 50% da radiação solar incidente no ambiente sala ou dormitório.
Já a norma ABNT NBR 10.821-4 traz a seguinte sugestão referente a sombreamento.
4.2.2 Sombreamento
Recomenda-se alguma das seguintes formas de controlar a entrada de luz solar no ambiente:
a) que as esquadrias dos dormitórios, para qualquer região climática, tenham dispositivos de sombreamento, externos ao vidro, de forma a permitir o controle do sombreamento, a critério do usuário, como, por exemplo, venezianas, persianas, brise;
b) que as esquadrias dos dormitórios, para qualquer região climática, tenham dispositivos de sombreamento, entre vidros, de forma a permitir o controle do sombreamento, a critério do usuário, como, por exemplo, “persiana entre vidros”;
c) que os projetos de arquitetura para os dormitórios, para qualquer região climática, tenham dispositivos de sombreamento externos à esquadria, mas incorporados à edificação.
Persianas integradas
As persianas exteriores são muito mais do que um simples meio de proteger a janela, de assegurar privacidade e segurança, e de controlar os níveis de luz. As persianas de enrolar, com ventilação entre as suas réguas, podem também reduzir bastante as perdas térmicas, sobretudo se elas próprias beneficiarem de sombra e se forem adequadamente usadas. O problema é que em muitas situações elas são usadas totalmente corridas (fechadas) ou fabricadas a partir de metais, que absorvem muita energia térmica, e nos períodos em que tal é particularmente importante (o período quente do dia, quando por vezes o sol incide sobre elas). Por si só não substituem a necessidade de janelas eficientes, bem dimensionadas e beneficiando de sombra, mas são de fato uma peça importante da climatização dos nossos edifícios. Significa dizer que Janelas de PVC, com vidros adquados e persianas integradas compõem um excelente conjunto de desempenho térmico.
Venezianas
Durante muito anos as venezianas foram utilizadas no Brasil em uma tipologia de janela chamada 3 folhas, onde duas eram venezianas e uma terceira de vidro. Qualquer observação mais criteriosamente técnica permite perceber que este tipo de Janela atua de forma contrária ao que se espera dela, afinal metais expostos ao sol se tornam chapas aquecidas que tendem a elevar e muito a temperatura do ambiente. Porém é muito comum na Europa e no Brasil a utilização de venezianas de madeira, de giro, externas a janela, principalmente com o efeito de isolante térmico e acústico (quando fechadas). Mas, com o passar dos anos, apesar de ser considerada uma forma excelente de controle solar e acústico, inclusive por vezes sendo utilizadas em prédios, necessita de uma manutenção especializada que além de ter um alto custo também é cada vez mais rara nos grandes centro. Além disso as venezianas tambem são comumente usadas como uma forma de aumentar os níveis de segurança, diferentemente das persianas de enrolar que não possuem esta função. Em muito casos é comum se encontrar Janelas de PVC com venezianas de madeira, principalmente no sul do Brasil onde a arte em madeira ainda é muito difundida e as serralherias trabalham com os dois materiais.
O que é Brise?
Do francês brise-soleil. Quebra-sol composto de peças de madeira, concreto, plástico ou metal. Instalado vertical ou horizontalmente diante de fachadas para impedir a ação do sol sem perder a ventilação.
Normalmente caracterizam-se como uma série de lâminas, móveis ou não, localizadas em frente às aberturas dos edifícios. No caso de serem móveis, permitem que conforme a necessidade e a conveniência sejam regulados para aumentar ou diminuir a insolação no recinto em questão.
Geralmente utilizados em construções que necessitam muito do aproveitamento da iluminação natural e bloqueio do ofuscamento causado pelos raios solares. Com essas características, os brises são cada vez mais utilizados em prédios públicos, universidades, colégios, hospitais, shoppings e centros comerciais.