O PVC é 100% reciclável e, como qualquer termoplástico, pode ser facilmente reciclado. Os processos de fabricação de produtos de PVC reciclado são os mesmos utilizados para a fabricação de produtos feitos com matéria prima virgem. A questão principal está nas condições dos resíduos que serão reciclados, para que a reciclagem seja efetiva a coleta seletiva do PVC deve ser adequada, evitando contaminação do resíduo a ser reciclado assim como a mistura com diferentes tipos de plásticos. Essa não é uma característica específica do PVC, mas de todos os materiais recicláveis.
A reciclagem do PVC não é uma novidade. Historicamente, ela acontece desde o começo da sua produção. No entanto, só tomou impulso de forma mais organizada com os movimentos ecológicos nos países desenvolvidos. A razão é que os resíduos plásticos vêm aumentando em volume por vários fatores, como crescimento populacional, aumento do poder aquisitivo e maior utilização das embalagens plásticas devido à facilidade de transporte, distribuição e diminuição de desperdício de alimentos, principalmente.
A quantidade de resíduo de PVC na composição do lixo da coleta seletiva é muito pequena. Isso ocorre porque o PVC é mais utilizado em produtos de longa duração, como tubos e conexões, fios e cabos para a construção civil, assim como roupas e outros materiais. O longo ciclo de vida útil dos produtos de PVC termina por ampliar o tempo necessário para que se tornem resíduos. Para se ter ideia, 70% dos produtos de PVC têm vida útil entre 15 e 100 anos. Outros 22% de 2 a 15 anos e apenas 8% são considerados descartáveis com durabilidade até 2 anos.
No caso das Janelas de PVC, a reciclagem se divide em duas etapas, a primeira ocorre na fábrica de janelas, onde existe o recolhimento de sobras, chamadas retalhos, estas sobras normalmente são encaminhadas a um reciclador que faz uso dessa matéria-prima no seu processo normal de trabalho, já as Janelas de PVC, que têm vida útil media de 50 anos, normalmente são reutilzadas, antes de serem recicladas, isto é, elas ao serem retiradas de um ambiente, normalmente são encaminhadas para outro usos, principalmente em moradias de interesse social, cumprindo seu papel de sustentabilidade.
Desenvolvimento sustentável
Ser reciclável não significa, por si só, ser ecologicamente correto, isso se deve principalmente ao fato do consumo de energia no processo de reciclagem poder ser muito elevado. Tomando como exemplo uma janela fabricada de metal (alumínio ou aço) e uma Janela de PVC, o ponto de fusão (temperatura que derretem) dos metais é em média 800°C (muito alto, lembre-se que a água ferve a 100°C), e como para utilizar o metal novamente (reciclar) é necessário derreter a essa temperatura, gastando muita energia no processo. Em contrapartida, o PVC tem ponto de fusão médio de 180°C, sendo assim a energia despendida é muito menor, quase 5x menos. Sabe-se que quanto mais energia é necessária maior o consumo de fontes de combustível é necessário, e como normalmente são fontes não renováveis (carvão-petróleo...) e que em sua queima ainda libera gases nocivos a camada de ozônio, é sempre mais interessante utilizar produtos com baixo ponto de fusão para um uso idêntico, como nas janelas. Então as Janelas de PVC além de recicláveis possuem um ciclo de reciclagem que respeita o meio ambiente e não consome excedente de combustíveis no processo. Pense nisso!
O PVC tem todos os atributos para contribuir de forma ativa para o desenvolvimento sustentável, oferecendo facilidades e conforto aos usuários finais. O Instituto Brasileiro do PVC oferece informações atualizadas e orientações de práticas sustentáveis à cadeia de valor do PVC.
Conceito do Desenvolvimento Sustentável
“Desenvolvimento Sustentável é aquele que atende às necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender suas próprias necessidades” (Comissão Brundtland)
Esse conceito, discutido e aprovado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), é uma visão ampla e avançada da obrigação do homem atual em promover o desenvolvimento até o máximo de suas necessidades e capacidade, preservando a integridade dos recursos naturais e humanos, que serão sempre a fonte para o desenvolvimento continuado das gerações futuras.
O desdobramento desse conceito permite visualizar três áreas de atuação conjunta, que devem ser harmonizadas para que possamos atingir o Desenvolvimento Sustentável: Desenvolvimento Econômico, Sustentabilidade Ambiental e Responsabilidade Social.
Desenvolvimento Econômico:
A indústria tem alta qualificação tecnológica para oferecer produtos que atendam às necessidades do mercado e que, a partir de seu desenvolvimento, produção e comercialização, agreguem valor para a economia, contribuindo para a geração de empregos e para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país;
Sustentabilidade Ambiental
A atividade industrial deve se desenvolver segundo critérios que garantam a segurança e a qualidade dos ecossistemas e da biodiversidade para as gerações futuras;
Responsabilidade Social
Toda atividade econômica e, em particular, a industrial, deve ter como linha mestra a Responsabilidade Social. Isso significa não apenas o respeito básico e indispensável ao ser humano, reconhecendo suas diferenças étnicas e religiosas, mas também a responsabilidade pela oferta de bens e serviços que permitam melhorar a qualidade de vida da sociedade e promover o seu progresso.
Ao se colocar na trilha do Desenvolvimento Sustentável, a cadeia produtiva do PVC não conta apenas com a confiança do mercado, mas age como parceira da sociedade na busca de um futuro mais promissor. A cadeia produtiva do PVC tem dado importante contribuição para o Desenvolvimento Sustentável global. Os produtos de PVC estão completamente inseridos nos pilares da sustentabilidade pois ajudam na conservação dos recursos naturais, melhoram a qualidade de vida das pessoas e contribuem para o crescimento econômico.
Ciclo de vida do PVC e suas vantagens ambientais
O que é a análise de ciclo de vida?
A análise do ciclo de vida (ACV) de um produto, por definição, a partir da série de normas ISO 14000 do subcomitê SC5, constitui-se num instrumento que permite o desenvolvimento de critérios e procedimentos objetivos para a avaliação do impacto ambiental de produtos. Esta avaliação considera seu ciclo de vida completo, isto é, desde a sua concepção (projeto) até o término da vida útil, com a sua disposição ou recuperação. Envolve, portanto, a contabilização de muitos parâmetros durante os diferentes estágios de processos de um produto, a sua distribuição e a gestão dos rejeitos, parâmetros esses que podem mudar ou variar de região para região.
Para a realização da ACV de um material, leva-se em consideração critérios de eficiência técnica, econômica e ambiental, com vistas a determinar as condições de contorno para a sua fabricação. Também conhecidas como limites de um sistema, elas delimitam o conjunto de operações industriais ou 'sistema industrial' e o 'sistema meio ambiente'.
Para esta análise, também chamada de 'do berço ao túmulo', são avaliadas todas as etapas de um processo produtivo, partindo-se da matéria-prima, se proveniente de recursos naturais ou não; a geração de subprodutos ou resíduos contaminantes de recursos naturais (água, solo e ar), até a possibilidade de sua reutilização, reciclagem ou a forma de disposição do produto após o uso.
O objetivo desta avaliação é determinar o impacto global de um produto ou serviço sobre o meio ambiente, durante seu ciclo de vida completo. De posse das informações pode-se comparar desempenhos ambientais de produtos fabricados com materiais diferentes para a mesma aplicação ou finalidade.
O ciclo de vida do PVC
De fato o PVC é um material diferenciado e possui excelente avaliação em estudos de ACV, que têm comprovado, cientificamente, que os produtos de PVC não causam mais impactos ambientais que os seus concorrentes.
A Análise de Ecoeficiência de Janelas realizada em parceria com a Fundação Espaço Eco® (FEE®), primeiro estudo do tipo realizado no Brasil, e que teve como base a metodologia da Avaliação do Ciclo de Vida (AVC) conforme série de normas ISO 14040 mostra claramente isso. O estudo comparou a performance e aspectos ambientais de janelas brancas de PVC e janelas brancas de alumínio. Foram contempladas a produção, montagem, instalação, uso (com ar condicionado), manutenção e destinação final de janelas brancas de PVC e alumínio, considerando variações térmicas diferentes, em cidades como São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Natal (RN).
Os resultados mostraram que a janela de PVC é mais ecoeficiente que a janela de alumínio. link para conhecer o estudo.
Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC)
O PGRCC deve ser elaborado para os pedidos de licença prévia e de instalação em conjunto ou para a fase da licença de instalação, bem como para os empreendimentos de construção civil de média e alta complexidade.
Os geradores de resíduos da construção civil são os responsáveis pelo gerenciamento desses resíduos, desde sua geração até a correta destinação final, conforme disposto na referida Resolução.
Em razão da complexidade que envolve a delimitação de um método quantitativo, para caracterização dos resíduos produzidos em obra, considerou-se uma estimativa para edificações executadas por processos tradicionais. Se forem adotadas outras técnicas construtivas ou procedimentos para a redução do volume gerado de resíduos na construção, deverá ser anexado estudo que comprove as novas estimativas apresentadas.
O PGRCC deve ser elaborado por profissional habilitado no CREA. Deve ser emitida uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) sob responsabilidade do gerador dos resíduos (proprietário do estabelecimento), contemplando o conjunto de procedimentos a serem executados visando à não geração de resíduos, à minimização da geração, à reutilização, à reciclagem, ao arma- zenamento, ao transporte, ao transbordo, ao tratamento e ao destino final adequado, observando a normalização referente à saúde pública e à proteção ambiental.
Os resíduos gerados nas obras devem ser classificados, conforme a Resolução CONAMA 307/02, em:
- Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura, tais como:
de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras.
- Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
- Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam sua reciclagem/recuperação. Deverão ser armaze- nados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas, tais como os produtos oriundos do gesso.
- Classe D: são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção. Deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. Por exemplo: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contami- nados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.
Tenha um PGRCC Completo
Transporte: deve ser apresentada a descrição do tipo de transporte interno e externo utilizado para remoção e existência de áreas de transbordo. O transporte deverá ser realizado de acordo com normas técnicas;
Tratamento: devem ser apresentados o tratamento e a destinação para cada grupo ou classe de resíduo;
Plano de contingência: deve ser apresentado o plano contingência para o caso de o tratamento e a destinação final propostos falharem temporariamente;
Empresas recebedoras: deve ser informado o nome das empresas recebedoras dos resíduos, se estas possuem Licença Ambiental e ainda solicitar cópia da Licença de Operação;
Rotinas: o Plano deve prever a elaboração de rotinas com instruções de procedimento para a higienização, o manuseio, a segregação e a coleta interna dos resíduos, que deverão permanecer à disposição de todos os operários;
Treinamento: deverá ser previsto treinamento para novos contratados e reciclagem periódica para a aplicação de rotina e sua modernização, com todos os operários do empreendimento, contemplando, assim, a origem dos resíduos até a destinação final. Deverá ainda possuir um funcionário treinado para o controle do Plano de Gerenciamento;
Relatórios: devem ser apresentados relatórios semestrais de avaliação do PGRCC, identificando necessidades de melhorias, alterações necessárias, mudanças de procedimentos, entre outros;
Planilha: deve ser elaborada uma planilha referindo a geração mensal de resíduos, tipos de resíduos, classificação, forma e local de armazenamento, destino final, entre outros.