Você sabe como começou a exigência da frase de origem nacional contida nos produtos??
Vivemos em um mundo onde a palavra Made in China costuma desvalorizar muito os produtos, sendo que em alguns casos até se usa um Made in RPC, para não se referir ao país mais populoso do mundo diretamente.
Mas você sabia que essa obrigatoriedade de origem ocorreu porque os produtos alemães eram de péssima qualidade e não respeitavam leis trabalhistas, no final do século XIX?
Sim é verdade, quem diria que a Alemanha, hoje reconhecida como uma das potências que mais preza pela qualidade de produtos, máquinas e carros, já passou por essa situação...
Isso ocorreu em 1887, quando o governo britânico, a fim de garantir a qualidade dos salários, e a qualidade dos produtos oferecidos em seu país colocou nas mãos dos compradores a responsabilidade pela escolha entre produtos fabricados no país (Inglaterra) com qualidade reconhecida e direitos trabalhista respeitados e o produtos estrangeiros (alemães mais especificamente), mesmo estes sendo de qualidade superior em alguns casos.
Estava criado o termo Made in Germany!
Que se tornou obrigatório em todos os produtos que cruzassem as fronteiras, e assim estava criada o que hoje chamamos de “a competitividade fora do custo”.
Mas não foi apenas uma das primeiras medidas protecionistas da era do comércio exterior moderno, foi também um ponto de partida para a busca por qualidade superior nos produtos alemães, hoje reconhecidos mundialmente como já falamos.
A competitividade e o preconceito fizeram com que os alemães se preocupassem em oferecer cada vez produtos melhores e em pouco tempo a medida tomada pelos britânicos causou um efeito inverso. Pelo menos que se diz respeito a qualidade.
E hoje?
O que se tem observado, principalmente em países emergentes como o Brasil, Argentina e Paraguai é a chegada de produtos oriundos da China, Índia, Malásia com todo tipo de qualidade. Sim, provavelmente você utiliza diariamente computadores, TV’s, aparelhos celulares, e até Câmeras de Segurança fabricados na Ásia, com qualidade impecável. Mas isso não é regra, o livre comércio e precificação fazem com que lado a lado apareçam produtos de qualidade muito inferior, que não atendem requisitos básicos de segurança por exemplo.
Pelo sim, pelo não é sempre bom verificar o Made in, sempre aliado à certificados de garantia e padrões próprios de qualidade, afinal nem tudo serve a todos os consumidores.
E você tem preconceito com algum país que aparece após a dupla Made in?
Saiba mais no livro:
8 Lições de História Económica
Por Jean-marc Daniel